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Mostrando postagens de novembro, 2009

Góngora na balada gay

As colunas acabam e continuam no chão coxas de mulheres de biquíni, na verdade, as colunas, que são troncos esguios fazendo topless na penumbra, são apenas colunas: o mistério vem das sombras, não concordo, e procuro quais holofotes fizeram pélvis, pernas, triângulo isósceles, descalça, seios oculares.

Agora, os meus mais belos versos:

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Me entupir de veneno e pular de madrugada na usina de Traição. http://wikimapia.org/455876/pt/Usina-Elevatória-de-Traição
Que a urgência fira a paisagem com suas cores de tarde, é tarde de tarde e sua demanda é lânguida, é isso que me irrita, a manhã infinda do desejo contra o bojo da noite, porque sua beleza tem uma urgência que a placidez da tarde não contempla sua verdade urgente não berra por beleza e isso é tudo que o ocaso lhe oferece, meu deus. Tudo que peço é uma ferida em seu nome -- Amém. , lrp - 14/11/09 - 21h30.

debruçada, rímel manchado.

A mulher do cabeleireiro instalou cata-ventos no cartaz com os preços do estabelecimento, ninguém corta o cabelo com ela, faz as unhas de si e de quem mais pagar pelo serviço, faz os pés e chora no telefone público do lugar, tarde de quarta,
Se o aí fosse mais próximo à altura dos meus dedos sempre, se o aí fosse esta distância, eu estaria apenas renomeando infinitudes: braço; ombro e metragem, negação de cotovelos, metáforas de rio e outras abstrações até o punho.