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Mostrando postagens de julho, 2010
De repente estou em Mendonza. Subornando uma camareira do The Modern Hotel a roubar o quadro de Eduardo Esquivel que decora uma das suítes. Mesmo em delírios como este me falta dinheiro e penso que posso chantageá-la ao invés de suborná-la: manter uma sobrinha sua em cárcere privado, mandar os dedos do pai idoso pelo correio um a um até que ela faça o que eu quero, não sei. Se tudo der errado, eu invado o MALBA e destruo o Abaporu às unhadas como se não houvesse história.
A figuração precisa de uma pomba encharcada, o trio de jazz tocando Ravel ao pé do ouvido, o frio com chuva que legitima por cima do uniforme meu agasalho favorito, ela surge por detrás de uma mureta com aquele passinho egípcio e no caso, encharcado, as patas intactas de fome própria, alheia sandia desatado reboliço caos inoperando. , lrp. Sampa, 15/07/10 - 09h10.
sempre acolher longe dos umbrais os detalhes e arcabouços, tudo que não enseja enquadro por outro lado abarca, o arco é uma ilusão primária, as passagens, as distâncias, tudo atrofia o dedo, impossiblita o toque de tão perto a banheira do bebê do oceano vasto que o olhar arrasa, vê-se os tornozelos intactos dos fatos esperando botes definitivos, vê-se, além, os ossos prometendo alvura em plena escuridão teórica, o arco é uma ilusão primária, as paisagens e as demências também o são atesta, as piores cercas são as disfarçadas de escadas, o pulo acerta o teto e constrói a casa, só destroços compõem pianos , só canários amarelam lágrimas, só sapatos subjulgam livros, só labaredas encerram páginas, só o verso quando longo o bastante começa inteiro, só a carteira de trabalho subjulga o livro, só a flauta é um instrumento horrendo, o mergulho cria o chão ali onde a onda é impossível, pavimento, música alternativa, versos famosos de um poeta vesgo, só a viola substitui o violão: libo lilio lí