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Mostrando postagens de novembro, 2012
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Mágoa de pato que nunca viu o mar, raiva de ganso treinado pra pitbull Tico apelido não sei de que nome curte umas aves, frango-assado nas bichas que conhece no metrô Carrão se derrete com violetas por causa de uma capa do Mission of Burma solteiro, quer se casar no papel desde o texto do J. R. Guzzo.
ah morenino do anel de três dedos com a cueca pra cima da skinny cinza, já tem idade pra trabalhar na lotação, moreninho? relógio fluorescente, alargador branco, logo se esquece que está de uniforme, tatuagem de infinito no antebraço, corte moderno, pensei um lindo triste futuro para esta nação de Neymares a mudar toda a estética masculina sem mexer vírgula na relação com as mulheres, mas não: o jeito que ele rebola é outra esperança.
minha é a luz cultuada por um tribo norteamericana cujo xamã percorre a noite a procurar, minha é a fome que se lembra do bolo com recheio de cocada sobre a mesa do cozinha coberto por um pano de prato roto, minha é a memória que, além do bolo, redesenha os ângulos da escada carpetada, minha é a intenção que mendiga objetos, a certeza do encontrão com o móvel mitigada pelo carinho que de quem me ama a prestações, suave, ponho as mãos no seu joelho, quero o dito.
sinto que a vitória é certa. que estou vivo para ver o ocaso de certos problemas e depois rir deles com as unhas pintadas de preto. Vivi para ver meu pai de um jovem pintor de nus com investimentos em Campos do Jordão se transformar num idoso que conserta macacos. Sinto que estamos vivos para fazer vigília na Brasilândia contra o toque de recolher, para nos matarmos em Aparecida.
a peste é insegura o cataclisma, epicêntrico nem toda escada-caracol tem morte no currículo a peste tem cura nada me concede uma desloa zarabatana.