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Mostrando postagens de janeiro, 2009
O olho branco do chá de camomila afiava minha boca banguela por dentro contra a língua, sua única rival, à altura dos lábios, mas em lados opostos.

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tá, nem é tão bom assim, ela não parece ser tão boa assim, mas eu queria isto numa camiseta... * Os trechos que a Perloff cita do livro Away do Roberto Creeley são do tipo de poema de amor que me pega de verdade, mas o que tem dele na nete ou na bilbioteca ficaram com muito a dever... Tirando esta estrofe: The galloping collection of boards are the house which I afforded one evening to walk into just as the night came down. , que começa este poema. * É isso das minhas incríveis leituras...

diário possível

quase posso roubar aquela TV no primeiro andar do Pombal, dizem que o Cacilda Beckker vai ser fechado para virar TRE agora que tem o CEU na Armando Arruda Perreira e não sei encenar onde isso ou por que isso me afeta , o ônibus faz o caminho do Jabaquara quase prà minha casa, sinto preguiça e não ódio, quase discuti com o bilheteiro, mas ri e havia um bilheteiro, então a mutreta com o meu bilhete errado não deu problema e aí quase não sinto ódio da minha risada, tô descendo agora uma ladeira que não dá prà casa, escuro, não vou entender o que escrevi depois e a vizinha deve estar pensando que eu sou louco, mas é só escrever grande. E espaçado. * Os carros são todos claros quando em um engarrafamento se autoiluminam no escuro. Cor é uma coisa que combina com a escuridão: a de nada se iguala àquela que não se vê; a que nunca se viu, então, fone de ipod . * As luzes da cidade lá embaixo desenham robôs entre as bananeiras de beira de estrada.
O engano de um pássaro numa tarde de domingo adentra a casa sem esbarrar empoleirou-se e depois parte por uma porta entreaberta eu acho procuro entre a parede e uma estante o canto de onde nunca tenha saído meu olhar que deixa as janelas abertas.
Imagem
"I lick your back up and so I suck your tongue out." Reclining Boys, William Lawson [1944].
Sonhei com lugares indefesos, que se vergassem sob a culpa de me deprimirem e assim ainda melhor a descrevessem Quero lugares que por mim se dobrem, que se dobrem ou se prolonguem ensolarado dia tarde ao redor breu liberto de lua ou relógio algo que seja pleno em meu lugar curvas vencidas pelo simples desejo ____________ Quero lugares indefesos e que os juízes sejam os resultados, sempre agradecidos pela existência, e que haja um tempo sem eles apelidado por mim de liberdade Ali uma casa agora só um quarto sem os corredores necessários que se empilham numa bela escada _______________________ ornamental
aquele ano não houve dia de reis e quase um ano depois nevou sobre os enfeites de natal abandonados.

Trecho do poema X - Canto VI, Invenção de Orfeu, Jorge de Lima

[...] O mais, seus passos me levem, suas naus me cruzem lumes, seus coveiros me segurem, seu cadáver me perdoe. [...]