Postagens

Mostrando postagens de julho, 2009

Soneto ao Leke

Estou a fim é de um leke bonito, Rosto de anjo e corpo sarado, Pele bem lisa, cara de safado, Com um tipo desse logo me excito! Um garotão gostoso, acredito, Merece ser com gosto penetrado, Desfrutando, quieto, relaxado, Do meu caralho, no íntimo, o agito. E além de um gostoso metelão, Há muito a se fazer entre dois caras: Ficar de chamego, na beijação, É uma das minhas mais loucas taras. Merece o leke, quando é bem gatinho, Muita rola, beijo, abraço e carinho! * Anônimo e sem título, este poema tem tudo para bombar mundo afora; ou pelo menos no Manhunt, onde o encontrei. Os pontos altos, na minha opinião, são o jogo entre a aparente placidão e o agito no íntimo na descrição do tu-lírico e a ginástica lexical da gíria "metelão". Além, é claro, das referências a Góngora: construção metonímica do objeto de desejo, uso sistemático de sinônimos e o último verso com enumeração que vai do mais concreto ao mais abstrato.
Aquilo é uma macieira, embora não seja vermelha em nome da fruta que também não o é até o momento da morte e é em homenagem àquela morte vermelha que aquilo se chama macieira: Só a morte nomeia. A chance de putrefação desespera quando a laranja deixa de ser amarelada É quando o amarelo pleno não virá e os bolores não tardam que ela é laranja e a morte nomeia. A afasia consome aquele garoto pela primeira vez Grass is green grass is green A água, esta palavra branca, contra o verde, as pedras, o azul do céu; o fluxo.
Imagem
havia um motivo real para o disfarce Que não morria nem na veracidade da cena nem na tediosa verossimilhança da platéia, pois ia além dos balões camuflados de roldanas ou do pó que decorava os improvisos coadjuvantes.
Imagem
Young Gods: I've got a telephone in my bosom, I'm gonna call you from my heart (Freedom)
Quando a bateria acaba, não tiro os fones e ouço em segredo o que as pessoas dizem abertamente para ver se assim a gente se comunica: Há uma certa e atual necessidade de ruído para que o cotidiano nos comova os outros e nisso o acaso substituirá o bizarro pouco a pouco, toda vez que minto por prazer toda vez que você age para viver.