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Mostrando postagens de janeiro, 2010
Só existe vertigem-surpresa? Quero dizer, se eu quisesse escancará-la, eu teria que hipnotizá-la até torná-la inócua?
Há pivetes na porta do vizinho mesmo quando chove bem forte, isso porque a vizinha tem um filho na idade deles, eles berram o nome dele, a mãe não sabe o que fazer, eu quebrei a cabeça do Giraya do meu único amigo no bairro e isso foi a minha infância por aqui, a dele não: ele toca piano gospel e se vira bem nos duelos de sua mãe é minha aos berros, empina pipa um dia e depois essa encheção de saco no portão, não, ele não pode sair, vai se atrasar pra igreja, o pai grita com ele, grita com a mãe, que é quem conserta o carro quando emperra, cabelo em coque e saia de crente, não, não pode sair, o pai intercala Lady Gaga com Racionais na cervejinha com os amigos no domingo, os garotos se protejem da chuva no toldo do vizinho e fingem desespero quando correm de lá para o toldo do bar mais próximo. Bilhar?

Coconut, Harry Nilsson

Meu chefe disse para eu usar o plano odontológico da firma para consertar meu dente à esquerda, depois eu taquei minha cabeça numa quina de mesa e pus um toco de dente no café dele.
Este delírio que me faz colar ar e mundo assiste futebol e cita Drummond standard, me estaciona no meio-fio piscando lanterna, 6 litros de querosene no porta-mala, alguns trocados e um último cigarro.

Para Ismar Tirelli Neto

Você mora perto do edifício Triunfo — qual dos quatro eu não sei de Petrarca _________ii___________i___i_ — e sabe que amor e castidade tanto quanto morte e fama não se anulam — tampouco se confundem —, então ouve o seu Deus ele fala por menos sílabas que o meu (fracasso): fica. , lrp. Rio, 03/01/10
Não sei o que fazer, leitor, se te ofereço um número pequeno de dicas falsas ou tantas verdadeiras que você se perca entre o móbile e a vertigem.