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Mostrando postagens de janeiro, 2013

por que deixar a barba crescer

antes de deixar a dor encontrar em mim um asilo onde pirar e cagar nas calças, desfaço ninhos, solto amarras. Este corpo é tão pequeno e nunca foi tão pouco.
poema de 01/09/09. * É segunda de novo e nada mudou, o sol é forte e está. Escher é quem sabia pensar, rearranjo pensamentos em resultados porcos. Hoje novamente não te verei e tem sido assim desde data obstruída: queimei calendários, querosene, foi Gullar quem me ensinou a fazer assim. Ouvindo Doves pela quinhonhésima vez, o sol assim claro ainda é o que mais arde. Ainda não tenho grana para comprar o Away , mas isso não desvalida o que escrevi em Mongaguá: I think I love you enough to handwrite all the Robery Creeley's poems . I hope I love you (time) enough to send you them a single verse per day.
um tique te impede de agarrar o tronco mesmo se houvesse firmeza não daria a volta ninguém dá, não nesta. Mas há o espetáculo do tique, esta recusa em ratificar limites. , lrp. São Paulo, 20jan13.
ouço barulhos estranhos no vizinho que tanto já vi maltratar o filho, penso em tragédia, nele armado e eu tentando dialogar, não faça isso, pensa em tudo que você crê, mas é o filho mexendo com a cachorra talvez de forma violenta enquanto o pai ajuda alguém a estacionar, sou eu quem está pesado, chumbado sem um Sérgio Sampaio a me cantar a dor, divido o quarto com um quartzo branco, claramente não tem ajudado. , lrp.
Quem dará ao cego a muleta, quem contará ao cativo sobre a porta secreta? Dá num armário, compra-se.
Você nunca será capaz de dar ao seu namorado a pau-durecência do sono profundo com vontade de mijar, lembre-se disso quando for sábado de chuva e você não tiver com quem passear.
se o rio tivesse a forma de uma enguia e pelo menos sob a luz da lua cheia gerasse pedras elétricas você seria menos você e mais próximo do amor que te reservo se o rio tivesse a forma de uma enguia seria um lago & a sessão da tarde mudaria sua grade para reprisar nossa lia história.
você me relata sentir que ocupa para com a minha vida situação análoga à de Plutão para com o sistema solar. digo que não ouço o que se diz em Plutão e você retruca que isto é a prova máxima da analogia. eu sou a Terra, certo?, não admito ser o sol, você quer ser o sol? Você diz que é só uma imagem, eu digo que isto é um problema do poema, da poesia contemporânea, não da nossa relação. Você diz que dá no mesmo. Eu te prometo um pequeno jardim onde plantaremos rabos-de-gato e echeverias e também aqui espero que o poema baste. jan2013, lrp.