você me relata sentir que ocupa
para com a minha vida situação análoga
à de Plutão para com o sistema solar.

digo que não ouço o que se diz em Plutão
e você retruca que isto é a prova máxima da analogia.

eu sou a Terra, certo?, não admito ser o sol, você quer ser o sol?

Você diz que é só uma imagem,

eu digo que isto é um problema do poema,
da poesia contemporânea, não da nossa relação.

Você diz que dá no mesmo.

Eu te prometo um pequeno jardim
onde plantaremos
rabos-de-gato e echeverias

e também aqui espero que o poema baste.

jan2013, lrp.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O sofá laranja da dona Vésper