O espelho me conta mais uma vez a lenda
deste duplo círculo de cílios vivos,
mas eu reconheço a morte na ponta de um dedo
quando me deparo com tamanha falta de agulha
negra xenófoba temerária frígida primeiro-batalhão
contra a sedução tátil de qualquer imagem vista,
não este pequeno projeto de sombra platelminta
que faz do espelho uma sala de espelhos alcova.

Comentários

Bruno de Abreu disse…
Valeu pelo comentário, Leandro! Aproveitei pra ler uns textos seus e já gostei...

Jorge de Lima! Fiquei sabendo dele faz poucos dias. Não sei de muita gente, não, me interessei por poesia só no ano passado, com quinze anos. Mas vou conhecendo aos poucos, a internet taí e é incrível e viciante. Que bom vc ter postado esses poemas, não tinha lido ainda!

Te espero no blog, até a próxima!

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