Soneto ao Leke
Estou a fim é de um leke bonito,
Rosto de anjo e corpo sarado,
Pele bem lisa, cara de safado,
Com um tipo desse logo me excito!
Um garotão gostoso, acredito,
Merece ser com gosto penetrado,
Desfrutando, quieto, relaxado,
Do meu caralho, no íntimo, o agito.
E além de um gostoso metelão,
Há muito a se fazer entre dois caras:
Ficar de chamego, na beijação,
É uma das minhas mais loucas taras.
Merece o leke, quando é bem gatinho,
Muita rola, beijo, abraço e carinho!
*
Rosto de anjo e corpo sarado,
Pele bem lisa, cara de safado,
Com um tipo desse logo me excito!
Um garotão gostoso, acredito,
Merece ser com gosto penetrado,
Desfrutando, quieto, relaxado,
Do meu caralho, no íntimo, o agito.
E além de um gostoso metelão,
Há muito a se fazer entre dois caras:
Ficar de chamego, na beijação,
É uma das minhas mais loucas taras.
Merece o leke, quando é bem gatinho,
Muita rola, beijo, abraço e carinho!
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Anônimo e sem título, este poema tem tudo para bombar mundo afora; ou pelo menos no Manhunt, onde o encontrei. Os pontos altos, na minha opinião, são o jogo entre a aparente placidão e o agito no íntimo na descrição do tu-lírico e a ginástica lexical da gíria "metelão". Além, é claro, das referências a Góngora: construção metonímica do objeto de desejo, uso sistemático de sinônimos e o último verso com enumeração que vai do mais concreto ao mais abstrato.
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