O que no mundo há de adorno se expande
quando se abre os olhos, tudo curva,
a cor enfeita o que a forma faz as coisas,
tudo segunda um princípio incerto que sem domingo
ainda cintila, fagulha e mais qualquer outro verbo
aforado o tédio dominical -- esquecerá os riscos --
e descobrirá que o falacioso não tem queda
nem se conta em ondas, o que urge
impera manso -- esquecerá as necessidades --
numa falta de fundo assaz contagiante.

, lrp. Sampa, o3/03/10.

Comentários

Bruno de Abreu disse…
esse poema surgiu assim bem obscuro e algmas lidas depois terminou colorido, laqueado.

"numa falta de fundo assaz contagiante."

e que foto incrível!!! de quem é?
lrp disse…
Coisas de tumblr, né?, nunca saberemos...
Marcelo Pierotti disse…
Abstrai, aí abstrai mais, aí um pouco mais...


Mas que assaz ficou assaz bem encaixado aí no último verso é um fato.

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