O que faremos quando formos (mais) velhos e acharmos que tudo que fizemos na nossa juventude poética era prosaico demais pra receber o nome de poesia? Quero dizer, e se o lirismo do cotidiano registrado em versos livres não resistir ao tempo?, não no sentido do que vai sobrar pra posteridade, mas de (ainda) nos tocar enquanto leitores de nós mesmos.

Veja o que o poeta portuga JMM fez a respeito neste belo post do blog Poeisa & Lda.:


Não concordo.

Comentários

Marcelo Pierotti disse…
Não há como apagar o já feito, vá. A essa altura o autor já é só leitor da obra anterior e está criando outra coisa que, se melhor ou pior, ele não tem o direito de dizer que toma o lugar daquela.
lrp disse…
Mas não deixa de ser um percurso poético interessante e, seilá, inovador. Me parece deliciosa a idéia de ter esse livro e ficar caçando e comparando os poemas nos livros anteriores.
Marcelo Pierotti disse…
Não consigo deixar de pensar no cara como um puta de um exagerado. Quer dizer... Concordo que seria legal a comparação. Mas, porra, seria inovador até se ele fizesse isso como aqueles mundos alternativos do universo marvel onde todo mundo morre no final!

Ah, e toda vez que releio o "Este lado para cima" fico pensando na opinião que você botou no comentário. Acho que está conseguindo me dobrar, criatura.

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