Um genro que eu não pedi a deus foi esse tal de Eriberto. Imagina um homem largo! Não só com corpo o traste ocupa o meu sofá e minha vida tem sido o sofá em que se espraia, feito um cheiro. Chego a desacreditar: ele na quina do sofá e não dou conta de enxergar a tv, não sei explicar. Paga pizza, traz uns mimos, é educado, até tira os sapatos na soleira, mas mesmo descalço cada pé do cretino tem quatro solas de tamanco, não é possível, uma em cima da outra, porque só ouço o eco, seco: o mundo sou eu, ele e o meu sofá. É uma bosta o sofá? É, mas é laranja e meu. Adoro laranja, comprei porque era, que na terceira prestação já dava sinais de não durar até o fim do crediário, uma bosta de sofá. Falei pra Ruthinha não pegar o turno da noite no mercado. Parece que eu previa! Além da lambisgoia agora acordar à uma da tarde, trouxe esse traste junto com o adicional noturno, é o segurança do tal mercado. Acordo bem cedo que é para quando chegar a manhã a casa estar assim como pronta, aprese...
Comentários
Um grande abraço e tudo de bom
Ass:Rodrigo Rocha
é bom que a luz não nos venha só por frestas, só pelo flagrante das sombras, só pela constatação de que está escurecendo, só pelos postes cor laranja de sódio. aí a gente acorda cedo e abre a janela, na tentativa de não dar margem pra ângulos.
ah, adorei a do poeta da postagem de baixo. sei lá se é loucura dele ou maturidade, mas to muito curioso pra ler tudo simultaneamente. no mínimo a gente aprende muito.