De repente estou em Mendonza. Subornando uma camareira do The Modern Hotel a roubar o quadro de Eduardo Esquivel que decora uma das suítes. Mesmo em delírios como este me falta dinheiro e penso que posso chantageá-la ao invés de suborná-la: manter uma sobrinha sua em cárcere privado, mandar os dedos do pai idoso pelo correio um a um até que ela faça o que eu quero, não sei. Se tudo der errado, eu invado o MALBA e destruo o Abaporu às unhadas como se não houvesse história.
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O sofá laranja da dona Vésper
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Um genro que eu não pedi a deus foi esse tal de Eriberto. Imagina um homem largo! Não só com corpo o traste ocupa o meu sofá e minha vida tem sido o sofá em que se espraia, feito um cheiro. Chego a desacreditar: ele na quina do sofá e não dou conta de enxergar a tv, não sei explicar. Paga pizza, traz uns mimos, é educado, até tira os sapatos na soleira, mas mesmo descalço cada pé do cretino tem quatro solas de tamanco, não é possível, uma em cima da outra, porque só ouço o eco, seco: o mundo sou eu, ele e o meu sofá. É uma bosta o sofá? É, mas é laranja e meu. Adoro laranja, comprei porque era, que na terceira prestação já dava sinais de não durar até o fim do crediário, uma bosta de sofá. Falei pra Ruthinha não pegar o turno da noite no mercado. Parece que eu previa! Além da lambisgoia agora acordar à uma da tarde, trouxe esse traste junto com o adicional noturno, é o segurança do tal mercado. Acordo bem cedo que é para quando chegar a manhã a casa estar assim como pronta, aprese...
Comentários
dá uma passada no meu
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e/ou nesse q participo
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Forte abraço.