Um genro que eu não pedi a deus foi esse tal de Eriberto. Imagina um homem largo! Não só com corpo o traste ocupa o meu sofá e minha vida tem sido o sofá em que se espraia, feito um cheiro. Chego a desacreditar: ele na quina do sofá e não dou conta de enxergar a tv, não sei explicar. Paga pizza, traz uns mimos, é educado, até tira os sapatos na soleira, mas mesmo descalço cada pé do cretino tem quatro solas de tamanco, não é possível, uma em cima da outra, porque só ouço o eco, seco: o mundo sou eu, ele e o meu sofá. É uma bosta o sofá? É, mas é laranja e meu. Adoro laranja, comprei porque era, que na terceira prestação já dava sinais de não durar até o fim do crediário, uma bosta de sofá. Falei pra Ruthinha não pegar o turno da noite no mercado. Parece que eu previa! Além da lambisgoia agora acordar à uma da tarde, trouxe esse traste junto com o adicional noturno, é o segurança do tal mercado. Acordo bem cedo que é para quando chegar a manhã a casa estar assim como pronta, aprese...
colidir arbitrário miasma do caos que louvamos petulantes, ainda temos um ao Ainda aí? como é bela a serifa restodontê vê como sobrevive a letra sem esses adornos, rebarbas? ainda temos um ao de que serve a memória? Se guarda o que quer, se atormenta de que me serve a memória, se a vida já faz este trampo de bosta? colidir arbitrário
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além de inspiradores, visuais, certeiros, seus poemas captaram em mim sensações que prezo ao me reconhecer no que leio.
grande abraço.