tradução sem conhecimento de causa
Huaco, César Vallejo
Eu sou o coraquenque cego
que mira pela lente de uma chaga
e que atado está ao Globo
como um estupendo huaco que girava.
Eu sou a chama, que tão somente alcança
a necessidade hostil a cisalhar
arabescos de clarim,
arabescos de clarim brilhantes de asco
e acobreados de uma velha canção jaraví.
Sou o filhote de condor desplumado
por um arcabuz latino
e a flor de humanidade plaino por sobre os Andes
como um perene Lázaro de luz.
Eu sou a graça inca que se rói
em áureos coricanchas batizados
de fosfatos de erro e cicuta.
Às vezes em minhas pedras se encabritam
os nervos gastos de um puma extinto.
Um fermento de sol,
levedura de sombra e coração!
*
O original.
Eu sou o coraquenque cego
que mira pela lente de uma chaga
e que atado está ao Globo
como um estupendo huaco que girava.
Eu sou a chama, que tão somente alcança
a necessidade hostil a cisalhar
arabescos de clarim,
arabescos de clarim brilhantes de asco
e acobreados de uma velha canção jaraví.
Sou o filhote de condor desplumado
por um arcabuz latino
e a flor de humanidade plaino por sobre os Andes
como um perene Lázaro de luz.
Eu sou a graça inca que se rói
em áureos coricanchas batizados
de fosfatos de erro e cicuta.
Às vezes em minhas pedras se encabritam
os nervos gastos de um puma extinto.
Um fermento de sol,
levedura de sombra e coração!
*
O original.
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