Eu desenho na vaga,
povoo o inefável de birra

banco o canastrão tagarela.

A imagem não é imagem
até ser pino.

É explicação.

pino ou monstro português.

Não me faço de rogado perante o aleatório,
para ele guardo minha promiscuidade mais lavada.

Talvez isso de insistir que o branco também
ocupa espaço, que é presença e significa

seja para quando a demência me acossar de vez

para quando a morte me tirar e não for dança,

eu mesmo assim enxergue algo.


, lrp. Dezembro, 2012.

*

Faço um desenho na vaga,
povoo de birra o inefável

banco o canastrão-tagarela:

qualquer
imagem só é imagem

se pino
se não for voltas,

é explicação
e se for explicação,

é monstro à portuguesa.

Não me faço de rogado perante o aleatório,
pra ele reservo minha mais bruta promiscuidade.

4/6/15

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